Data: 10-09-2012
Criterio:
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Handroanthus botelhensis caracteriza-se por árvores de até 20 m de altura.Endêmica do Brasil. Restrita do bioma Mata Atlântica, onde desenvolve-se emflorestas de solo encharcado e em áreas abertas. Ocorre nas montanhas litorâneasdos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, entre 400-760 m de altura. SegundoGentry (1992) a coleta para o Rio de Janeiro é duvidosa. Apresenta EOO de36.958,048 km². Apesar dos poucos registros de coleta tombados em coleçõescientíficas, e sua última coleta ter sido realizada há 22 anos, na restinga doPereirinha em São Paulo, é uma espécie muito comum nas regiões onde sãoencontradas. Protegida por unidades de conservação (SNUC), Parque Estadual CarlosBotelho, Parque Estadual do Jaraguá e Parque Estadual da Ilha do Cardoso.Encontra-se sob ameaça do turismo, queimadas, invasão de espécies exóticas eparticularmente na Ilha do Cardoso é utilizada pela população caiçara local. É necessário o investimento em pesquisacientífica e esforços de coleta a fim de certificar da existência desubpopulações, considerando a viabilidade populacional e sua proteção, a fim deevitar sua inclusão, futuramente, em alguma categoria de ameaça.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Handroanthus botelhensis (A.H.Gentry) S.Grose;
Família: Bignoniaceae
Sinônimos:
Descrição em Gentry (1992) como Tabebuia botelhensis. Diferencia-se de T. alba e de T. vellosoi pelos folíolos inteiros e menos tomentosos que T. alba e pelas inflorescências mais abertas que T. vellosoi (Genty, 1992). No Parque Estadual de Carlos Botelho, H. botelhensis ocorre em altitudes mais baixas em áreas pantanosas, enquanto que T. alba ocorre em altitudes mais elevadas em áreas com solos mais bem drenados (Gentry, 1992).
Apesar de ser encontrada em um habitat específico (áreas pantanosas) a espécie é comum onde ocorre (Gentry, 1992).
Espécie endêmica do Brasil, encontrada nas montanhas do litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Gentry, 1992; Lohmann, 2012), entre 400 e 760 m de altitude (Gentry, 1992). A coleta para o Rio de Janeiro é duvidosa de acordo comGentry (1992).
Árvore de até 20 m de altura (Gentry, 1992) encontrada na Mata Atlântica (Lohmann, 2012), em florestas de solo encharcado (Gentry, 1992) e em áreas abertas (Souza et al., 2009).
10.1 Recreation/tourism
Detalhes
O Parque Estadual do Jaraguá é margeado por duas grandes rodovias (dos Bandeirantes e Anhanguera) e recebe cerca de 360000 pessoas por ano. A espécie foi coletada próxima uma trilha em área de "campo", que sofre constantes incêndios (Souza et al., 2009).
2 Invasive alien species (directly affecting the species)
Detalhes
Há registro de invasão da espécie exótica de caramujo africano no Parque Estadual Carlos Botelho, SP (Eston et al., 2006).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Populações caiçaras habitam restingas na Ilha do Cardoso (SP), utilizando de algumas espécies vegetais da Ilha (Miranda; Hanazaki, 2008).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Em perigo (EN). Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008),anexo 1.
4.4.2 Establishment
Situação: on going
Observações: Encontrada nas seguintes unidades de conservação: Parque Estadual Carlos Botelho, SP, onde foi coletado o material tipo (Gentry, 1992), Parque Estadual do Jaraguá, SP (Souza et al., 2009) e Parque Estadual da Ilha do Cardoso (CNCFlora, 2012).
- LOHMANN, L.G. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB117441>.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- ESTON, M. R.; MANEZES, G. V.; ANTUNES, A. Z.; SANTOS, A. S. R.; SANTOS, A. M. R. Espécie Invasora em Unidade de Conservação: Achatina fulica (Bowdich, 1822) no Parque Estadual Carlos Botelho, Sete Barras, SP, Brasil (Nota Científica). Revista do Instituto Florestal, v. 18, p. 173-179, 2006.
- GENTRY, A.H. Bignoniaceae: Part II (Tribe Tecomeae). Flora Neotropica, v. 25, n. 2, p. 1-370, 1992.
- GROSE, S. O.; OLMSTEAD, R. G. Taxonomic Revisions in the Polyphyletic Genus Tabebuia s. l. (Bignoniaceae). Systematic Botany, v. 32, n. 3, p. 660-670, 2007.
- MIRANDA, T. M.; HANAZAKI, N. Conhecimento e Uso de Recursos Vegetais de Restinga por Comunidades das Ilhas do Cardoso (SP) e de Santa Catarina (SC), Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 22, n. 1, p. 203-215, 2008.
- SOUZA, F. M.; SOUSA, R. C.; ESTEVES, R.; FRANCO, G. A. D. C. Flora Arbustivo-Arbórea do Parque Estadual do Jaraguá, São Paulo - SP. Biota Neotropica, v. 9, n. 2, p. 187-200, 2009.
CNCFlora. Handroanthus botelhensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Handroanthus botelhensis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 10/09/2012 - 22:17:09